sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Especial Elvis Presley - Entrevista com Fã-Clube


Em comemoração ao aniversário do "Rei do Rock", é óbvio que a data de hoje não poderia passar despercebida.

Eu tive o prazer de entrevistar o presidente de um dos fã-clubes brasileiros mais conceituados sobre Elvis Presley.

Marcelo Neves tem 38 anos, é psicólogo e idealizador do Elvis Triunfal. O site, criado em 2002 com o apoio de sua esposa, Vivian Ondir, tornou-se fã-clube posteriormente e, hoje, conta com aproximadamente 700 visitações diárias.

A seguir, confira a entrevista na íntegra:


Antipop - Há quanto tempo existe o fã-clube e quantos membros fazem parte dele? Quantas internautas acessam periodicamente o site?
Marcelo Neves -
O site foi criado em 2002, mas só em 2006 resolvi transformá-lo em fã-clube. Já tivemos, até o momento, 720 mil visitas. Em média, possuímos uma
visitação diária de 700 pessoas. Em agosto [aniversário de morte de Elvis] essa visitação sobe para mais de mil por dia. Atualmente, estamos com 519 membros cadastrados. Cada um pode imprimir sua carteira de sócio no próprio site e baixar nossos 16 fanzines, sem custo algum.

Antipop - De quem foi a idéia e como surgiu o fã-clube?
MN -
Sou fã de Elvis desde 1976 e sempre frequentei eventos de vários outros fã-clubes. Após minha formação, me dediquei ao site. Fiquei um bom tempo elaborando e, depois de muito trabalho, o inaugurei em 2002. No ano seguinte, fiz uma parceria com o fã-clube Gang'Elvis, do meu amigo Walteir Terciani. Apesar de não ter uma página na Internet, era um fã-clube bastante atuante. De 2003 a 2006, usei o Elvis Triunfal para, basicamente, divulgar as atividades do Gang'Elvis. Em 2006, o Gang'Elvis montou seu próprio site e o Elvis Triunfal foi transformado em fã-clube.

Antipop - Quantas pessoas trabalham na manutenção do site e do fã-clube, e quem são elas?
MN –
Eu faço a manutenção. Atualizo quase todos os dias. É um trabalho que faço com o maior prazer, pois é uma diversão. Minha esposa, Vivian Ondir, que também é fanática por Elvis, ajuda na divulgação do fã-clube através da comunidade “Elvis Triunfal” no Orkut. Ela é a nossa fan-relations oficial. Graças a ela, os membros ficam sempre atualizados. O Julio Cesar é quem auxilia nos eventos, monta a aparelhagem de som e, além disso, realiza seu show como “Elvis Cover”. Em dia de evento, também conto com a ajuda de amigos na logística. Ter fã-clube realmente demanda muito trabalho, mas vale a pena.

Antipop - Explique como funciona a dinâmica de trabalho no site.
MN -
O site tem mais de 2 mil páginas e são necessárias muitas horas de trabalho árduo para o conteúdo ficar atraente. Como é constantemente atualizado, os internautas sempre retornam ao nosso site. Essa é a fórmula do sucesso! Outra preocupação é criar um ambiente fácil para navegação. Pessoas de diferentes faixas etárias o visitam. Portanto, penso em criar algo que, ao mesmo tempo, chame a atenção e seja compreensível para todos.

Antipop - Como são as reuniões promovidas pelo Elvis Triunfal?
MN -
Nossas reuniões são voltadas à filantropia. Ajudamos o Lar da Mamãe Clory, uma instituição que ajuda crianças, jovens e idosos do Grande ABC, em São Paulo. Em nossos encontros, realizamos concursos de intérpretes, shows cover, exibição de filmes, exposição de souvenirs, feira com vários artigos, sorteios e algumas outras surpresinhas... Sei que ainda temos muito que crescer, mas temos inúmeros projetos em andamento.

Antipop – Falando mais especificamente sobre Elvis Presley, como surgiu o amor por este ícone?
MN -
Meus pais eram fãs e compravam discos e revistas sobre ele desde quando eu era pequeno. Nasci em 1971 e, na época em que Elvis morreu, eu já curtia as músicas. Quando assisti ao filme Elvis That's The Way It Is (Elvis é Assim) virei fã de vez.

Antipop – O que mais te impressiona nele?
MN -
Elvis era um cantor que reunia muitas qualidades: ótima voz, carisma de
palco e inovação, além de ser um grande exemplo como ser humano. Era bondoso e, apesar de toda a fama, se mostrava humilde e generoso com todos.

Antipop - Qual o maior diferencial que Elvis possuía em relação a outros grandes nomes da música, como os Beatles, por exemplo?
MN -
Ele gostava de vários estilos musicais, como gospel, country, blues, opera e rock, claro! Por esta diversidade musical, Elvis pôde explorar seu maior talento, a voz. Ele não seguia modas, pois cantava aquilo que vinha de dentro. O mesmo se pode dizer em relação aos seus trajes. Muitos achavam cafona a forma que ele se vestia, mas isso se tornou uma marca registrada e milhões de imitadores copiam seu estilo até hoje. Elvis é de uma época que para se fazer sucesso, acima de tudo, era necessário ter talento. Hoje não. Basta ter apoio financeiro de uma produtora ou gravadora, o talento vem depois, isto é, se vier.

Antipop - Até hoje, passados quase 35 anos da morte do "Rei", como você explica o enorme sucesso atingido por ele?
MN -
Existem mitos que são arquetípicos, ou seja, representam o inconsciente de todo o mundo. Quando se fala em beleza, logo vem Marilyn Monroe à memória. Quando se pensa em dança, Michael Jackson está em primeiro lugar. E quando se fala em Rock, Elvis sempre estará entre os “10 Mais". Elvis representa o “arquétipo do ídolo”, aquele que nasce pobre, conquista o mundo, fica rico e faz a cabeça de milhões de pessoas, deixando aquele gostinho de "quero mais". Sua imagem ainda impõe respeito no cenário musical, independente da tribo ou época.

Antipop - Nesta data tão especial, em que Elvis completaria 75 anos, deixe uma mensagem para os amantes do "Rei do Rock".
MN -
Elvis foi uma pessoa que acertou e errou, como qualquer um. Mas sua passagem pela Terra uniu milhões de seres humanos. Seu corpo pode ter perdido a vida no dia 16 de agosto de 1977, mas a essência da obra ficará eternizada nos corações de todos os amantes da música. Depois dele, um novo mundo foi construído para a juventude. Elvis nunca foi uma moda passageira, pois seus admiradores o veneram até o fim de suas próprias vidas. É uma pena que ele não esteja vivo para ver o quanto contribuiu com a cultura mundial. É muito bom ser fã de Elvis, mas cuidado, essa doença pega e não tem cura (risos)! Gosto muito da frase de Joe Esposito, o “braço direito” de Elvis, comentando sobre a influência dele depois de muitos anos da morte do Rei: "Elvis continua sendo o cara"!
Se você deseja saber mais sobre o fã-clube, inclusive sobre eventos que realizamos em todo o Brasil, acesse o nosso portal: www.elvistriunfal.com e seja bem vindo ao “Mundo Elvis”!

por Bruno Gazolla

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