Bem vista no underground, dentre outras atitudes, por assumir uma postura anti-comercial e pouco se importar com as vendagens e a popularidade de seus discos, a banda Pixies parece ter mudado um pouco os conceitos que, no passado, construíram sua imagem.
Apesar de bastante conceituado na música alternativa – talvez o Pixies seja um dos grupos mais respeitados neste meio -, em recente entrevista ao site The Quietus, o líder do quarteto, Frank Black, deu a seguinte declaração: “Nós estamos interessados em qualquer coisa que nos faça ganhar um salário justo”.
Ainda de acordo com Black, “não vou dizer que não se trata de arte, mas fizemos essa porra há 20 anos. Agora é hora de falar sobre o dinheiro. Quanto devemos cobrar no preço dos ingressos? Onde você acha que devemos tocar? Quantos shows devemos fazer?”, indagou o músico.
Em 2009, a banda fez uma série de apresentações no Reino Unido. Atualmente, os americanos estão com alguns shows agendados tanto na Austrália quanto na Nova Zelândia.
Em determinado trecho da entrevista, o repórter diz a Black que acredita que o Pixies esteja próximo de gravar um novo álbum, somente com material inédito. Ácido, Frank Black responde, “esta é a sua observação”. No entanto, pouco tempo depois, o sarcástico frontman pondera: “Talvez você tenha razão, mas não depende só de mim. Além disso, acho que quanto mais eu falar sobre isso, existe menos chance de acontecer”.
O Pixies, ao lado do Sonic Youth, é uma das bandas americanas que ajudou a levar o “som de garagem” ao mainstream. Entretanto, se não houvesse a “ajudinha” de Kurt Cobain, que, na década de 90, não cansava de assumir publicamente seu amor por ambas, talvez esse “sub-estrelato” fosse inalcançável.
por Bruno Gazolla
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